Curitiba - Termina no dia 10 de julho o prazo de inscrições para as pessoas interessadas em participar do processo de seleção para novos integrantes do projeto "Costurando o Futuro", da Fundação Volkswagen.
Podem participar do processo seletivo costureiros, artesãos ou grupos produtivos que trabalham com costura ou resíduos têxteis. O programa tem foco na transformação social de moradores do entorno da fábrica da Volkswagen e visa o desenvolvimento de habilidades de corte e costura, além de visão de negócios
Podem participar do processo seletivo artesãos, costureiros, grupos produtivos que trabalham com costura ou resíduos têxteis. Os selecionados passarão por encontros de capacitação, com foco em produção e venda, ministrados pela Aliança Empreendedora, parceira técnica da Fundação Volkswagen no "Costurando o Futuro". Os novos integrantes se unirão aos atuais participantes do programa, formando uma rede de costureiros, expandindo a atuação do grupo, ampliando o portfólio de peças e a sua atuação no mercado.
As inscrições podem ser feitas até 10 de julho pelo telefone (41) 3013-2409 ou e-mail costurando@aliancaempreendedora.org.br. Os encontros de rede para capacitação começam em agosto.
O projeto "Costurando o Futuro" é desenvolvido em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) desde 2013 e atualmente é realizado em parceria com a prefeitura e a Aliança Empreendedora. Com foco na transformação social de moradores do entorno da fábrica da montadora no Paraná, por meio da geração de trabalho e renda na comunidade, o programa também tem atuação ambiental, contribuindo para a eliminação do descarte de tecidos automotivos em aterros. Desde que foi iniciado, em 2009, em São Bernardo do Campo (SP), o projeto reutilizou 72 toneladas de tecido.
Nas oficinas, os participantes transformam em peças, como bolsas e acessórios, tecidos automotivos não utilizados pela fábrica de automóveis. O projeto também recebe tecido excedente de produção da marca de camisas Dudalina, de Santa Catarina, que fornece o material por meio do seu Instituto Adelina. Com os retalhos, elas executam técnicas como patchwork (trabalho com retalho).
Segundo a diretora da Fundação Volkswagen, Keli Smaniotti, durante a primeira etapa do projeto, os integrantes participaram de cursos gratuitos de corte e costura; na segunda, receberam noções de gestão de negócios e finanças, design, comunicação para ampliar possibilidades comerciais e empreendedorismo social para a estruturação de um negócio próprio. A terceira etapa, iniciada este ano, é marcada pela formação de uma rede de costureiros, para estender o projeto para outras participantes. O objetivo é formar um grupo estruturado para ampliar o portfólio de peças e a atuação no mercado.
Keli Smaniotti lembra que quase uma centena de mulheres participaram das oficinas nos últimos 15 meses, sendo que muitas delas já estão no mercado de trabalho. Nesse período, foi formado um portfólio que conta com 37 produtos cuja venda ocorre em feiras e eventos. "No projeto ‘Costurando o Futuro’ estão presentes os três pilares da sustentabilidade: Do ponto de vista social, as mulheres aprendem um novo ofício, do ponto de vista econômico, elas começam a gerar renda, e no aspecto ambiental, reutilizam tecidos que seriam descartados em aterros." A diretora destaca ainda outros aspectos positivos para as mulheres que participam, como uma forma de inclusão social, resgate da identidade e da autoestima e até melhora de casos de depressão.
No Paraná, além do projeto "Costurando o Futuro", a Fundação Volkswagen desenvolve o "Volkswagen na Comunidade", um concurso voltado para organizações sociais nas quais colaboradores da Volkswagen são voluntários.
Adriana De Cunto
Reportagem Local